terça-feira, 30 de outubro de 2007

Quem sabe, uma maquina do tempo

Tem sempre algum ponto no passado que gostaríamos de mudar.
Geralmente é algum acontecimento que envolve uma paixão perdida, um amor não correspondido, um adeus que não foi dito, enfim, qualquer coisinha que fica martelando na nossa cabeça, e nunca importa quanto tempo passe, aquilo continua vivo na memoria.
Chegamos até a remontar o episódio mentalmente, e testamos todos os discursos possíveis, todos os gestos, ensaiamos e ensaiamos, e continuamos a imaginar... E se nos fosse permitido mudar?
Ah se fosse possível engolir aquela frase!
Ah se fosse possível dizer adeus!
Ah se fosse possível resistir aquela tentação!
Ah se fosse possível mudar tudo isso e assim tirar, apagar toda a magoa que ficou eterna!
A vida seria tão mais fácil se existisse uma maquina do tempo.
Sim, uma maquina capaz de nos permitir alterar aqueles momento que sempre remoem nossos sentido e trazem aquele frio no estômago. Aqueles momentos que ficam impregnados na nossa mente pedindo, exigindo um novo final.
E se mudássemos o final. Se criássemos aquele tão sonhado " E viveram felizes para sempre!"
Se isso fosse possível vida seria perfeita demais.
A vida seria sem dor! Sem graça! Monótona demais.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Nos importamos

Algumas pessoas exercem um poder gigantesco sobre nós.
É difícil de entender o porque nos importamos tanto com a opinião delas. Mas por mais que se negue, estamos sempre preparados para tentar agrada-las.
Seria mais produtivo se vivêssemos por nós! Que esquecêssemos que estamos em constante reprovação ao olhar desses espectadores. Que tentássemos tirar essa mascara é mostrar esse verdadeiro "eu".
Seria mais produtivo ter a coragem de enfrentar todos eles e o mundo de cabeça em pé, sem dar importância a nada. Apenas vivendo. Apenas sendo!
Mas é difícil!
Se não é fulano, será Sicrano. E assim sempre seguiremos procurando alguém para nos dar aprovação dos nossos atos.
Vai ver que ser humano é demonstrar constantemente essa fragilidade que é viver sob a lente e o olhar aniquilante dos nossos espelhos, da sociedade, de nós mesmos.
Vai ver que vida precisa da aprovação dessa coletividade!

domingo, 28 de outubro de 2007

Ser honesto...

Me ensinaram que a honestidade é uma das raras e boas virtudes que deveriam ser cultivada e transmitida para meus descendentes.
Me ensinaram muita coisa. Para dizer a verdade recebi uma boa educação. E posso também dizer que tive bons exemplos.
Portanto, não seria espanto e nem novidade que eu espelhasse todas essas qualidades dos meus progenitores. O que de fato tenho feito.
Confesso que procuro realmente manter-me na linha, mas após uma certa idade, e após ver certos acontecimento, tem-me sido difícil acreditar que ser honesto é a melhor solução.
Embora procure seguir essas orientações moralistas dessa geração anterior a minha, cheguei ao ponto de minha vida que não acredito que o bem ainda vence o mal.
Tenho me dado tão mal que tenho ponderado sobre as razões de ser honesto.
Afinal, de que me vale essa honestidade se quando vou dormir com a consciência limpa fica pesando a falta de dinheiro e o excesso de responsabilidade?
De que me vale essa honestidade se o respeito é demonstrado apenas para aqueles que carregam o doutor junto do nome, mesmo que seja uma mera formalidade?
De que me vale essa honestidade se a própria lei nos presenteia com o famoso "ganhou mas não levou"?
Ah, se eu contasse quantas vezes eu ouvi: eu sei doutor, mas não tenho dinheiro... ou, esse é meu único carro pra trabalhar, ou recorre da decisão, enrola um pouco...
De que me vale transmitir essa característica moralista se o legal e a moral andam tão desconexas da realidade?
De que me vale essa honestidade se aqueles que deveriam velar pelo nosso bem estar são os primeiros a rifar tudo que um dia já foi bom?
A definição de "ser honesto" se perdeu em qualquer canto dessa nação, e o que tem mesmo importado é o "quanto vale" e "qual é a minha parte".
Ser honesto é deprimir-se diariamente e perguntar-se "até quando?, enquanto os canastrões se divertem nessa fantasia nacional.
Ser honesto é ser órfão!
Ser honesto é ser presenteado com descaso!
Ser honesto é lutar ao lado de um Don Quixote!

sábado, 27 de outubro de 2007

Amigo de infancia

Aqueles rostos que já foram tão conhecidos nossos, hoje se fizeram estranhos.
O tempo os tornou apenas "conhecidos" de uma outra época, de uma outra vida.
Toda aquela intimidade, toda aquela cumplicidade de outrora foi vencida pelo tempo!
E quando, sem querer, esbarramos com aquele nosso amigão de infância pela rua é que percebemos como a distancia e os anos tornaram aquela feição tão familiar em um simples estranho, apenas um desconhecido.
A conversa que antes fluía hoje se transforma em um:
-Nossa, quanto tempo?
-É verdade, tem uns... nossa dez anos!
-O que está fazendo? Me conta o que fez todo esse tempo!
A conversa oscila sempre nesses assuntos, naquela lembrança de algum acontecimento. E sempre se encerra com aquela famosa:
-Precisamos reunir a turma novamente?
E fica sempre nessa conversa.
Esse roteiro que nunca muda. Não importa quem encontramos é sempre igual!
E aquela reunião daqueles antigos e bons companheiro só será realizada quando todos forem se despedir, no momento em que iremos velar aquele amigo de infância. Só a morte será capaz de trazer todos para aquela reunião!
E é nesse momento que a dor se mistura com nostalgia. Lembramos das juras e promessas de sermos sempre amigos! E realmente percebemos que um amigo partiu e nada, nada, por mais que tentemos, será igual, será feliz como naquela época onde tínhamos o verdadeiro "amigo de infância".

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Minha vida!

Um simples acontecimento pode mudar uma vida, um destino, drasticamente.
Acho que foi isso que aconteceu comigo. Um acontecimento mínimo, mas que muda tudo.
Imagine que tudo foi planejado e calculado meticulosamente, só que, com uma simples decisão tudo toma um rumo completamente inusitado e desprogramado.
Sabe aqueles momentos decisivos do cinema, que são cruciais para o desenrolar do personagem? Aquele acontecimento sem o qual nada faria sentido? Pois então, se falta aquela cena, aquela fala, tudo perde a razão de ser, o sentido próprio.
É essa a impressão que tenho!
E saber que tudo voltaria aos eixos com uma simples palavra: Não!
Talvez por falta de coragem. Talvez por preguiça. Talvez por medo. Não sei ao certo a razão, mas essa inercia transformou uma vida.
O que era pra ser sucesso acabou virando um fracasso de bilheteria. E eis que eu lhes apresento esse fracasso: Minha vida!

Perdi o rumo completamente. Pareço um barco navegando sem direção. A deriva, apenas a espera.
Triste, mas verdade!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O que eu achava...

Eu achava que meu rosto jamais teria rugas.
Eu achava que jamais envelheceria.
Eu achava que o tempo passaria, mas nada mudaria.
Eu achava que meus amigos seriam pra sempre meus amigos! E que o tempo jamais mudaria isso.
Eu achava que teria apenas um e único verdadeiro amor. E que me casaria e viveria feliz da vida!
Eu achava que minha vida era cheia de amor. E de pessoas que se importavam e valorizavam o que tínhamos.
Eu achava que todos os meus pensamento não mudariam. Que minha paixão usada na defesa de minhas idéias permaneceriam, mesmo que o tempo passasse.
Eu achava que o que tinha importância eram nossos sentimento. E que as pessoas eram medidas pela sua moral.
Eu achava que sempre estaria apaixonada pela vida. E que nada do que fizessem seria capaz de me vencer.
Eu achava que faltava pouco tempo pra eu conquistar o mundo, conquistar a vida, me tornar "aquela pessoa".
Eu achava que minha vida seguiria aquele plano que eu tinha em mente. E que minha profissão seria aquela que me dá prazer.
Eu achava que a juventude era minha hora. E que eu poderia fazer qualquer coisa. Que eu era indestrutível.
Eu achava a vida maravilhosa. Eu desfrutava dos momentos de festa. E queria compartilhar minha alegria com todos.
Achava que as pessoas eram felizes, pelo menos eu era!
Eu achava que nunca iria me despedir de um amigo. Que nunca choraria a ausência, que nunca sentiria a dor de ter que dizer adeus por causa da morte. Eu acreditava que viveríamos sempre juntos. Que viveríamos pra sempre!
Eu achava que jamais conseguiria suportar a dor de um amor não correspondido. E não entendia o porque de ser ignorada.
Eu achava que amar era bom demais! Que era bom demais ter esperança! Que era bom demais acreditar! Que era bom demais confiar! E que ser amada compensava qualquer infelicidade.
Eu achava que o destino sempre alcançava a vida. E por pior que as coisas estavam, no final tudo se resolvia.
Eu acreditava! Eu vivia! Eu tinha esperanças e confiava!
Mas o tempo. A idade. A vida. Tudo me levou a desacreditar!
E tudo aquilo que eu achei ser único e verdadeiro foi derrubado pelo tempo. Vencido pela desilusão e magoa.
Até que o brilho do meu olhar se transformou. Minhas paixões se aquietaram, e muitos, muitos sonhos se perderam ou morreram pelo caminho. Restou apenas a saudades daquele tempo onde o mundo era cheio de possibilidades!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

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