Me encarava e me pedia atenção. Naquele olhar entendi o quanto a solidão era viva. Implorava que lhe atendesse, que lhe cedesse afeto ou qualquer coisa. Suplicava através daqueles olhos castanhos alguns instantes que lhe dessem razão de significância. Apenas faltou exigir que eu declarasse que ela me era importante.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Leilão
Das duas uma: ou meus pais me deram um educação muito "errada" (em termos comparativos a uma grande parte da humanidade), ou meu preço é muito, muito alto.
Entendeu o que quero dizer? É daquele lance de valores, moral, princípios e aquelas coisinhas que desapareceram, ou estão em extinção nos dias atuais.
Mas sem entrar no mérito da questão, o que me decepciona é que sempre encontro pessoas que vivem a máxima "pagou, levou", como se a vida fosse um eterno leilão.
E eu, carregando tudo que aprendi, continuo vivendo com cara de trouxa.
E eu, carregando tudo que aprendi, continuo vivendo com cara de trouxa.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Do tempo das alegrias
É aquelas alegrias espontâneas que mais me fazem falta. Culpa daquelas tardes, cultivadas a ócio e conversinhas sem sentidos, que faziam nascer os sorrisos tímidos após os olhares se cruzarem. Culpa das desculpas esfarrapadas que nos obrigavam a nos tocarmos. Culpa dessas memórias presas que insistem em manterem-se intactas.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Como um rascunho
Eu sou como um fantasma. Às vezes nem isso, afinal, nem parte de memórias eu faço, de historias nunca participei, nem relações eu toquei. Talvez o que melhor me descreva seja o nada, uma completa ausência de matéria, como um ser que não é. Um eterno rascunho, mal acabado e esquecido na gaveta.
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